Nunca Brinque com o Sobrenatural

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O caso começou quando eu trabalhava numa loja de calçados na cidade de Penedo-AL.

 Uma amiga do trabalho, vou chamar de Célia, contou uma vez em uma conversa onde falávamos sobre pessoas que morrem e depois retornam em sonho para dar algum aviso e tal.

 Eu de antemão disse que sabia que essas coisas existiam, mas que tinha um pé atrás em relação a uma pessoa retornar para revelar qualquer coisa. Fui criado numa família evangélica, e minha doutrina é que após a morte nossa alma espera pelo juízo final com a vinda de Jesus no arrebatamento.


 Na conversa que tivemos, ela contou sobre seu pai que veio em sonho alertar sobre uma dívida que ele deixou. Pela manhã ela procurou a pessoa que seu pai lhe falara em sonho e perguntou sobre, e a pessoa confirmou, mas que não se preocupasse pois já havia perdoado a dívida.


 Eu disse a Célia que eu particularmente não achava que teria sido o pai dela, e sim algum tipo de entidade querendo que ela acreditasse nessas coisas.


 Enfim, vamos para a parte em que eu entro na minha história assombrada.


 Meus pais, irmãos e eu morávamos em um pequeno sítio afastado da área urbana. Meu irmão mais velho estava passando por um processo de saúde complicado no tempo,onde sempre estava sendo transferido de um hospital para outro com bastante frequência, e não parava muito em Penedo. Foi quando ele recebeu alta, mas tinha de comparecer a fazer exames periódicos em Maceió. Meus pais resolveram ir morar em Maceió, e no mesmo período o meu irmão do meio havia casado e já não morava mais com a gente. Ah, só pra constar, meu irmão mais velho também era casado, mas como tinha uma filha pequena minha cunhada não tinha como cuidar da filha e do marido ao mesmo tempo. 

 Pois bem, meus pais foram morar em Maceió perto da casa do meu irmão mais velho para que pudesse dar um apoio. Eles queriam que eu fosse com eles, mas como eu estava trabalhando, e minha namorada que hoje é esposa morava na cidade, resolvi que ficaria, pois afinal não poderia deixar nossos animais do sítio atoa.


 Passei ainda quatro meses morando numa casa enorme para uma única pessoa, com apenas um fogão,uma geladeira duas camas e uma rede. Meus pais me visitavam com frequência,duas vezes por mês.

 

 Na semana que tive a conversa com Célia do caso do pai dela, meus pais chegaram para passar o fim de semana comigo. No quarto que eu dormia ficavam duas camas, uma de casal e uma de solteiro.

 Eu então disse a meus pais que dormissem no quarto com minha irmã, pois a cama de solteiro tinha um mosquiteiro e ela era pequena, que eu dormiria na sala na rede.


 E assim foi. Deitei na rede normalmente, e depois de algum tempo consegui dormir. Lá pra madrugada, senti algo diferente, como se fossem dedinhos de criança em minhas costas por baixo da rede, passei a mão por baixo e não tinha nada. Voltei a dormir, e não demorou muito, senti novamente mas dessa vez senti as mãos mais formadas com o toque das palmas e dos dedos. Dessa vez olhei mas não havia nada novamente.

 Pensei que fosse apenas algum sonho ou sei lá. E de novo não demorou muito senti as mãozinhas apertarem com força dessa vez no meio das minhas costas e em seguida me abraçar pelo meio da cintura. Acordei desesperado recebendo esse abraço e quando eu olho havia uma criança, ou pelo menos o que eu via era a sombra parda de uma criança abraçada pela minha cintura e pendurada na rede que olhou rapidamente para mim levantando a cabeça, e depois virou numa velocidade imensa me escalando sentido aos meus pés para o prumo da rede. Desceu e ficou em pé me encarando, e o pior, ele deu uma balançada na rede me jogando pra um lado e para o outro (Isso foi o que me deixou ainda mais desesperado). Eu já aos gritos desde que abri os olhos, chamava por meu pai que veio correndo e acendeu a luz. Aquela criança virou as costas para mim e correu para a cozinha, antes de ir ainda virando-se e me dando aquele sorriso macabro e depois seguiu para a cozinha.

 Quando meu pai chegou na sala, eu estava travado sentado na rede apontando para a cozinha e gritando. 

 Meu pai achou melhor que eu fosse para o quarto também, eu não recusei pois estava quase me cagando de medo do que tinha visto. Coloquei minha irmã junto com meus pais, amarrei o mosquiteiro e me deitei na cama de solteiro. Não demorou muito e quando eu peguei no sono fui atormentado mais uma vez, mas desta vez não foi a criança que eu vi. 

 Estava eu deitado em posição de defunto no caixão (sempre durmo de lado, e acordo como um defunto RSRS), quando abri os olhos e vi descendo pelo mosquiteiro uma cobra enorme que aparentava ter uns quatro metros, fiquei observando para ver se aquilo era real, e ela foi descendo e descendo até que caiu de vez em cima das minhas pernas. Aquele peso que para mim, estremeceu a cama. Mais uma vez eu desesperado saltei da cama e acendi a lâmpada do quarto e ainda vendo a cobra sobre a cama fiquei apontando e procurando do lado da cama um facão que eu deixava.

 Meus pais acordaram assustados, e meu pai veio até a mim e me pegou pelos braços e me balançou forte até que eu tornei a consciência.


 Deitei novamente e como meus pais recomendaram, orei e voltei a dormir. graças a Deus pelo resto da noite não tive mais surpresas.


 Alguns dias depois meus pais foram à casa de meu tio Antônio que é pai de santo e entre uma conversa e outra comentaram o que havia acontecido, sobre eu ter falado que só acreditava 100% no dia que eu visse, e sobre o acontecido. Tio Antônio por sua vez, disse que eu tive uma baita sorte, pois eu havia recebido a visita de um exu mirim para me provar que eles existem e que estão ouvindo tudo que falamos.


 Depois desse dia, eu nunca mais falei algo do tipo, e quando alguém vem com a conversa de que só acredita vendo, eu conto o que aconteceu comigo.



 Vou finalizando por aqui este meu pequeno relato, e espero que não tenha tomado muito do tempo de vocês.


Tenho mais alguns que ocorreram comigo, mas vamos deixar para uma outra hora.


Obrigado e fiquem todos com DEUS.


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